O bilionário japonês Kaoru Nakajima está causando polêmica na Sicília, na Itália, ao alugar os principais locais da capital Palermo para realizar uma extravagante festa de aniversário. A comemoração, que durará três dias, contará com a presença de 1,4 mil convidados e terá como cenário casas de ópera, teatros e hotéis centenários da cidade.
Entre os locais alugados estão o renomado Teatro Massimo, a maior casa de ópera da Itália e uma das maiores da Europa, e o Teatro Politeama, uma instituição com 132 anos de história. Para acomodar todos os convidados, foi necessário incluir assentos extras no Teatro Politeama, o que gerou um custo adicional de R$ 194 mil.
Além dos locais grandiosos, o aniversariante também escolheu atrações de peso para sua festa. O menu será preparado por um chef consagrado e haverá apresentações da ópera Don Giovanni, conduzida pelo renomado maestro Riccardo Muti. Outra atração será um show do talentoso Matteo Bocelli, filho do famoso tenor Andrea Bocelli.
Os convidados serão hospedados em dois hotéis cinco estrelas da cidade: o Villa Igiea, localizado à beira-mar de Palermo, e o Grand Hotel et des Palmes.
Apesar do glamour da festa, a população local e as autoridades não receberam bem a realização do evento. O presidente regional da Sicília, Renato Schifani, criticou o prefeito de Palermo, Roberto Lagalla, por permitir a comemoração e alugar pontos históricos para o bilionário japonês.
O descontentamento de Schifani foi divulgado pelo tabloide Daily Mail. O presidente questionou por que as autoridades competentes não foram informadas antecipadamente sobre o evento e expressou sua indignação com os altos custos envolvidos na contratação dos teatros. Ele espera que o dinheiro pago seja destinado a instituições de caridade e ressalta que eventos dessa magnitude deveriam passar por uma análise do comitê de ordem pública.
Apesar das críticas, a festa promete ser um grande acontecimento e atrair a atenção não só da cidade de Palermo, mas também do mundo todo. Resta saber como a opinião pública irá reagir diante dessa celebração megalomaníaca em tempos de crise global.