Hamas bombardeia Israel em ataque surpresa
Neste sábado (7), o movimento islâmico armado Hamas realizou um ataque surpresa contra Israel, considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. Centenas de mortos e feridos foram registrados após os ataques, que ocorreram principalmente na parte sul do país. Segundo as autoridades militares de Israel, vários terroristas infiltraram-se no território israelense a partir da Faixa de Gaza.
O Hamas reivindicou a ofensiva e afirmou que se trata do início de uma grande operação para a retomada do território. O conflito entre Israel e Palestina, que mistura política e religião, já dura décadas e deixou milhares de mortos e feridos em ambos os lados.
Origem do conflito
O conflito entre Israel e Palestina remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados – um judeu e um árabe – na Palestina, sob mandato britânico. A proposta foi aceita pelos líderes judeus, mas rejeitada pelo lado árabe e nunca foi implementada.
Após a retirada dos governantes britânicos, o Estado de Israel foi proclamado pelos líderes judeus no ano seguinte, o que gerou revolta entre os palestinos e resultou na Guerra árabe-israelense de 1948. Desde então, o conflito se intensificou com diversas disputas territoriais.
Em 1967, ocorreu a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel tomou à força a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, então sob controle da Jordânia, além da Faixa de Gaza, sob administração egípcia. Desde então, Israel anexou Jerusalém Oriental e continua ocupando a Cisjordânia, embora tenha se retirado da Faixa de Gaza em 2005.
Solução do conflito
A comunidade internacional defende a criação de um Estado palestino que coexista em paz com Israel como solução para o conflito. No entanto, diversas questões complicam a resolução do impasse, como a segurança de Israel, as fronteiras, o estatuto de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos.
O conflito já teve várias tentativas de paz, mas poucos resultados práticos foram alcançados. A Palestina reivindica a suspensão da colonização de seus territórios por parte de Israel, que incentiva assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Por sua vez, Israel exige seu reconhecimento como Estado judeu, o que é recusado pelos palestinos por receio de sacrificar o direito de regresso dos refugiados. Além disso, outros fatores como a demora na criação de um Estado palestino independente e o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza também dificultam a negociação.
Fortalecimento do Hamas
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) perdeu parte de sua legitimidade ao longo dos anos, o que permitiu o fortalecimento do movimento islâmico armado Hamas. O grupo venceu as eleições legislativas da Faixa de Gaza em 2006 e expulsou a ANP do governo local.
O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e outras potências globais. Em sua carta de fundação, estabeleceu como objetivos a promoção da luta armada contra Israel e a realização de programas de bem-estar social.
Apesar disso, em 2017 o grupo atualizou seu documento, suavizando algumas posições. O Hamas afirmou que sua luta não é contra os judeus, mas sim contra os “agressores sionistas de ocupação”. No entanto, Israel criticou essa declaração, acusando o grupo de tentar enganar o mundo.
O conflito entre Israel e Palestina continua sem uma solução clara à vista, enquanto ambos os lados enfrentam desafios e impasses complexos. A comunidade internacional busca encontrar uma maneira de alcançar a paz e a estabilidade na região.
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