Nomeado para fazer parte do grupo destinado a combater o discurso do ódio e o extremismo, pelo governo Lula, o influente Felipe Neto recolhe cargos que parecem contradizer o propósito do projeto em que faz parte.
Há ofensas contra jornalistas, apoiantes de Jair Bolsonaro, e até maldições contra o ex-presidente, que ainda era a mais alta autoridade do país na época.
A nomeação do influenciador foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (22). O decreto foi assinado pelo Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. Além de Neto, foi também nomeada Manuela D`Ávila, que já foi candidata a vice-presidente do Brasil ao lado do petista Fernando Haddad, em 2018.
O youtuber já foi convocado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 2021, para testemunhar numa investigação de “crime contra a segurança nacional”, depois de ter chamado Bolsonaro de genocídio no Twitter.
Chama a atenção para as publicações de Felipe, que num dos seus posts, ele associa mesmo o antigo presidente à figura de um cão:
Felipe Neto associa o comportamento do ex-presidente à figura de um cão, em uma publicação em sua rede social que conta com milhares de seguidores.
O influenciador também utiliza as redes sociais para atacar os jornalistas:
Apesar do comportamento severo, Felipe Neto foi escolhido para compor o grupo que diz ter entre algumas das competências a seguir:
- Aconselhar o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania de Estado sobre questões relacionadas com o discurso do ódio e o extremismo;
- Conduzir estudos e discutir estratégias para combater o discurso do ódio e o extremismo;
- Propor políticas públicas de direitos humanos para combater o discurso do ódio e o extremismo.