O ex-presidente Jair Bolsonaro, natural de Glicério, interior de São Paulo, será agraciado com o título de cidadão honorário de Minas Gerais. A proposta foi aprovada pela presidência da Assembleia Legislativa de Minas nesta quarta-feira (23), durante reunião plenária.
A entrega da honraria está prevista para ocorrer durante uma reunião especial na próxima segunda-feira (28), quando Bolsonaro deve visitar a capital mineira.
A iniciativa foi apresentada por diversos parlamentares e liderada pelo deputado Coronel Sandro (PL). Ele expressou sua gratidão ao presidente da Casa, Tadeu Martins, e aos outros 25 deputados que apoiaram o pedido para realização da reunião. O parlamentar também criticou aqueles que se manifestaram contra a concessão do título e defendeu a inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro, ressaltando que ele não possui condenações em seu histórico. Vale lembrar que o nome do ex-presidente está envolvido em investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro e à venda irregular de presentes oficiais recebidos em viagens internacionais.
Em relação às questões penais, o deputado Coronel Sandro destacou que a Constituição da República estabelece a presunção de inocência para todos os brasileiros, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que Bolsonaro não possui condenações, ao contrário de líderes esquerdistas celebrados por alguns setores.
Por outro lado, o deputado Leleco Pimentel (PT) foi um dos que criticaram a entrega da honraria. Ele expressou sua preocupação com o governador Romeu Zema (Novo) por ter que homenagear alguém (Bolsonaro) que, segundo ele, está sendo desmascarado a cada dia.
Na quarta-feira (23), Bolsonaro foi internado em um hospital de Brasília para realizar exames médicos.
Em 2019, o deputado estadual Coronel Sandro (PL) apresentou um projeto de lei que concedia o título de cidadão honorário de Minas ao ex-presidente. O projeto também previa a concessão do título ao ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e ao ex-vice-presidente Hamilton Mourão, que atualmente são senadores. Embora tenha sido aprovado pela Comissão de Administração Pública da Assembleia, Bolsonaro, Moro e Mourão nunca receberam a honraria.
A última visita de Bolsonaro a Belo Horizonte ocorreu em 30 de junho, no mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral o considerou inelegível por oito anos. A decisão se baseou no argumento de abuso de poder político durante uma reunião realizada em 2022 com embaixadores estrangeiros no Brasil, na qual foram apresentadas denúncias não comprovadas em relação ao sistema eleitoral brasileiro.