Depois de uma semana de disputas entre as prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro e as empresas Uber e 99 sobre o serviço de mototáxi, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou que os prefeitos tomaram a decisão correta e que o Congresso Nacional deve encontrar uma solução para acabar com os serviços profissionais como motos. Ele acredita que essa seria uma medida importante para garantir a segurança dos motoristas e dos passageiros.
“Eu espero que o parlamento analise com muito carinho esse processo. Evidentemente, cidades super pacatas e tal, tem que olhar sob a realidade lá e eventualmente pode ser liberado em pequenas cidades, na minha percepção. Porém, grandes cidades, trânsitos conturbados, eu creio que seria muito perigoso”, afirmou Marinho à CNN.
O Prefeito Marcelo Crivella afirmou que “plenamente” apoia um veto ao serviço de mototáxi vindo do Congresso Nacional. Sua posição alinha-se à de Ricardo Nunes (MDB) e Eduardo Paes (PSD), que decidiram conter a iniciativa das empresas de aplicativos de lançar o serviço nas cidades. Após ameaças e diálogos, Nunes conseguiu convencer Uber e 99 a recuar. Enquanto isso, Paes acionou a Procuradoria Geral do Município do Rio de Janeiro para orientar as empresas a não oferecer o serviço.
Luiz Marinho comemorou a decisão dos prefeitos: “Seria uma irresponsabilidade autorizar transporte de pessoas em motos, ou seja, os profissionais que já trabalham nesses trânsitos tão perigosos, como é o caso de São Paulo e do Rio de Janeiro, para fazer entrega de mercadoria, é o maior índice de acidente que ocorre nas grandes cidades, portanto, colocar um passageiro na traseira de uma moto seria uma grande irresponsabilidade, na minha avaliação. Por isso, eu creio que os prefeitos estão corretíssimos”, disse.
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