A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, expressou o seu desejo de ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto. Em uma entrevista exclusiva ao jornal O Globo, ela argumentou que a primeira-dama dos Estados Unidos possui um espaço de trabalho dedicado e questionou por que isso é motivo de questionamento no Brasil.
Janja rebateu as críticas de que atua como se tivesse sido eleita, afirmando que apenas busca exercer suas funções de forma correta. Ela destacou que nos Estados Unidos, a primeira-dama tem uma agenda ativa e um protagonismo reconhecido, sem que isso seja motivo de questionamento. Afirmou também que deseja estar presente nas discussões políticas e se informar diretamente, ao invés de depender de terceiros.
Em relação às especulações de sua participação em reuniões de trabalho do presidente Lula, Janja esclareceu que suas conversas com o presidente ocorrem dentro de casa, no dia a dia do casal e nos momentos de lazer, como quando tomam uma cerveja juntos. Ela ressaltou que não se limita a falar apenas sobre questões superficiais e reforçou seu interesse em participar de discussões relevantes.
No mês passado, Janja teve uma atuação marcante ao visitar as áreas afetadas pela chuva no Rio Grande do Sul junto com ministros do gabinete de Geraldo Alckmin. Sua atuação foi tão significativa que ela foi comparada ao papel desempenhado por um vice-presidente da República.
O desejo da primeira-dama de ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto reflete uma busca por maior participação e protagonismo dentro do governo. Janja acredita que essa iniciativa contribuirá para o fortalecimento de seu papel como primeira-dama e para a sua capacidade de exercer suas atribuições de forma efetiva. Resta aguardar como essa demanda será recebida e se transformará em uma realidade no cenário político brasileiro.